“A parte que a culpa arranca de nós é o amor-próprio. Em seu lugar, ela introduz ódio voltado contra nós mesmos. Descremos de nossas qualidades mais óbvias e só consideramos nossos defeitos, mesmo os mais inofensivos.”

Psiquiatra e psicanalista Marcelo Forones

Esse sério problema talvez faça parte da rotina de muitas pessoas, mas quero acentuá-lo hoje às mulheres.

CULPA, essa palavra tão atemorizante que invade cada dia mais cedo à vida de tantas de nós, está presente nas mais complexas e banais situações. Culpam-nos se não conseguimos se não somos as filhas que nossos pais querem, se não agradamos ao namorado, se não conseguimos fazer amizades, se não temos um bom emprego, se não temos tanto tempo para estarmos com nossos filhos, se estamos de TPM. Culpas e mais culpas, sentimentos que nos invadem e nos corroem pouco a pouco, fazendo nosso amor próprio se esvair a cada lagrima ou a cada momento de raiva sobre nós.

Muitas mulheres utilizam da autoflagelação para tentar contornar essa situação, e que sempre é mal sucedida. Segundo Marcelo Forones, “geralmente, esse comportamento, apesar de reconfortante, acaba sendo ineficaz, pois a culpa parece estar teimosamente grudada na alma em que se instalou.”

Talvez tenhamos perto de nós pessoas que sofrem com este problema e ao menos conseguimos perceber, pois muitas delas são discretas quanto a isso. Entretanto se alguma amiga desabafar conosco seus problemas, temos que ser compreensivas para saber que cada caso é um caso diferente do outro e cada uma dessas mulheres tem seus traumas e culpas. O que podemos e devemos fazer se temos amigas assim, é, com amor e carinho, ajudá-las nessa busca do amor próprio e orientá-las na procura por especialistas.

Texto: Josy Magali

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